Camila Pires
Às vezes quando o peito aperta e o coração chora sem a gente perceber, as lembranças passam na mente como um filme colorido que, aos poucos, vai perdendo a cor. Às vezes no meio da multidão estamos sós, como o sol quando desperta sem que a platéia o aplauda. Sabe quando os olhos ardem e a boca seca? Sabe quando tudo o que parecia fazer sentido se desmonta e nada consegue colar os pedaços do que se partiu? Eu conheço a dor de quem teve e perdeu. Conheço a dor de quem sonhou sonhos irrealizáveis. Conheço a dor do amor que escapou pelos dedos. Hoje entendo que "adeus" também foi feito para se dizer. Hoje sei o que é ter o coração querendo sair pela boca e ser obrigada a acalmá-lo sempre sussurrando: 'Quietinho aí. Eu não sei quando, mas tudo isso vai passar'.
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Nada além de um vício.
Letras e palavras que se desembaralham,
trazendo versos que, às vezes sem sentido, traduzem exatamente o que se passa aqui dentro.

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