Objetos, obstáculos, abstrações...
Mesmo eu lutando para não pensar, eu não lutava para esquecer.
O coração mandou seguir adiante, a mente quis me interromper.
Eu buscava encontrar em outro porto um ponto de partida ou de chegada.
Buscava descobrir em outra esquina um escape, uma saída ou uma entrada.
Tentei calar o coração, não permitir que eu permitisse me entregar,
pois todo dia cada beijo, cada abraço era um convite... e eu não pude recusar.
Eu quis dizer, eu quis mostrar, quis poder fazer você sentir,
que pra mim o teu sorriso era um refugio, meu bastante era poder te ver sorrir.
Não sei dizer se nessa altura, desse jeito, eu deveria te encontrar.
Não sei dizer por quanto tempo, de que jeito eu vou poder me controlar.
Estou buscando, não duvide, estou querendo te querer compreender.
Mas de você vêm as palavras que abalam, que fazem a certeza estremecer.
Tenho medo, confesso. Medo de querer, de toda forma, me entregar.
Medo de no fim de tudo, descobrir que o fruto proibido é ' te amar'.