Camila Pires
Enquanto ainda posso dizer: sim, por favor chegue mais perto.
Talvez o mal seja que a gente pede amor o tempo todo.
E quando a gente precisa de alguém, não importa que seja proibido.
A gente simplesmente quer... Permissão a gente inventa!
Dá vontade de amar. De amar de um jeito "certo",
que a gente não tem a menor idéia de como poderia ser, se é que existe um.
Amor é palavra que inventamos para dar nome ao sol abstrato em torno
do qual giram nossos pequeninos egos ofuscados, entontecidos e ritmados.
Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir.

Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.
Às vezes, quando ainda vale a pena, eu fico horas pensando
que podia voltar tudo a ser como antes.
Mas aí logo se começa a curtir as pedras do fundo do poço.
E sem entender, você então pára e pergunta alguma coisa assim: mas de quem foi o erro?
Eu quis dizer como seria bom se a gente tivesse se encontrado,
assim, sem pedir, sem esperar.
Pois o destino se faz para todos os que já tiveram um amor sem nojo nem medo,
e de alguma forma insana esperam a volta dele.
Afinal, tudo que é verdadeiro, volta.

Eu já quis morrer de novo. Aprendi a engolir outra rejeição
mas estou viva e, sinto muito, pretendo continuar.
Quando eu encontrar o amor da minha vida... eu paro de escrever.
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Nada além de um vício.
Letras e palavras que se desembaralham,
trazendo versos que, às vezes sem sentido, traduzem exatamente o que se passa aqui dentro.

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