Camila Pires
O telefone que não toca. A voz que não escuto. O perfume que não vem.
A lembrança que se aconchega, o medo que invade, a incerteza de tudo o que veio e do que ainda nem se foi de vez.
Minha cabeça aos poucos se confunde em pensamentos soltos que deveriam se desenrolar. É o medo de dizer, o medo de não falar e a certeza de que sumir seria uma solução.
De repente estou com as mãos vazias, o cheiro da roupa desapareceu.
De repente embaixo dos meus pés há um abismo e acima de minha cabeça algo prestes a desabar. De repente quem desaba sou eu.E de nada adianta esperar o toque do telefone, cheiras as roupas de sempre ou tentar disfarçar o medo. Porque de repente quem veio, se foi. E quem não tinha ido, pode nunca mais voltar
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Nada além de um vício.
Letras e palavras que se desembaralham,
trazendo versos que, às vezes sem sentido, traduzem exatamente o que se passa aqui dentro.

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